[vc_row][vc_column][vc_empty_space][vc_column_text]

LIDERANÇA

[/vc_column_text][vc_separator color=”custom” accent_color=”#e61877″][vc_empty_space][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_single_image image=”6148″ img_size=”full” alignment=”center”][vc_empty_space][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]

ADMIRÁVEL MUNDO NOVO

[/vc_column_text][vc_column_text]O QUE LEVAR EM CONTA NA DESCONSTRUÇÃO E NA RECONSTRUÇÃO DO AMBIENTE DE TRABALHO – E O DE FORA DELE[/vc_column_text][vc_column_text]

Por Luciana Alvarez

[/vc_column_text][vc_empty_space][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]Robótica, inteligência artificial, realidade virtual… Essas e outras tecnologias disruptivas têm ajudado a transformar o mundo em que vivemos, as relações que mantemos com as outras pessoas e os modos de fazer negócios. Em um cenário de complexidade, de questões ambíguas, do passado e do futuro, o que esperar das lideranças de uma organização? E do RH?

Estima-se que a competência mais exigida do líder será a de gerir a ambiguidade, desconstruir conceitos, crenças, modelos de gestão para, então, construir uma nova forma de trabalhar, de liderar as pessoas, processos e resultados. Uma liderança que provoque a mudança do pensar de forma ágil, em larga escala e com a capacidade de influenciar no âmbito econômico, social e político, mudando o mundo que conhecemos.

Vivemos a quarta revolução industrial que, como explica Carlos Trein, diretor regional do Senai-RS, é aquela que considera a utilização das tecnologias habilitadoras para aumentar a interconectividade entre os sistemas e a tomada de algumas decisões na adequada gestão do fluxo de produção. “Essas tecnologias habilitadoras, de uma forma geral, são as que conferem aos sistemas produtivos maiores ganhos em produtividade, aumento da segurança, redução de erros, economia de energia, customização da produção, entre outras vantagens”, destaca Trein. Como exemplo, ele cita: manufatura aditiva; visão artificial; computação na nuvem (cloud computing); Big Data; realidade virtual e aumentada; internet das coisas; inteligência artificial; sistemas cyberfísicos; sensoriamento; rastreabilidade; robótica colaborativa, entre outras.

E por conferirem maiores ganhos de produtividade, essas tecnologias tendem a eliminar muitos postos de trabalho. “A tendência será de substituir as ocupações que, por questões de segurança, custo ou produtividade, podem ser mais bem executadas por sistemas automatizados ou por algoritmos que utilizam recursos de inteligência artificial”, diz Trein, que, acredita, no entanto, que outras ocupações surgirão, mas de difícil previsão. “Isso vem ocorrendo naturalmente nos últimos séculos, à medida que novas tecnologias são empregadas. Há que se considerar, também, que as novas gerações apresentam, cada vez mais, perfil e comportamento diferenciados, exigindo adaptação daqueles ambientes empresariais que desejam contratá-los”, acrescenta. Segundo ele, de uma forma geral, os jovens procurarão, nas empresas, aquelas ocupações e responsabilidades que melhor coadunarem-se aos seus ideais e propósitos de vida.

 

ALARMISMOS

No admirável novo mundo que vai surgindo desse processo de transformação, o papel das áreas de gestão de pessoas, nas indústrias, será o de identificar, selecionar e desenvolver cada vez mais, além das principais competências técnicas transversais nas pessoas (como princípios de programação, sensores, instrumentação eletrônica e análise de dados), as competências socioemocionais (soft skills), avalia Trein. “Ou seja, a solução de problemas complexos, o trabalho em equipe, a criatividade e a autogestão”, acrescenta.

Jorge Fornari, coach, palestrante e autor do livro O executivo na essência (Évora), concorda, mas faz uma ressalva. Para ele, um novo mundo digital, ou seja ele qual for, vai, sim, demandar o uso das competências humanas superiores, que levem a um discernimento mais elevado de si mesmo, dos outros e do mundo. Entretanto, ele explica que vivemos uma realidade de negócios que não contribui nesse processo, pois está baseada em premissas primitivas. “O modelo de negócios que predomina no mundo ocidental não ajuda o amadurecimento humano. Pelo contrário, valoriza programações primitivas que ainda habitam nossas cabeças. Agimos como se estivéssemos frente a grandes ameaças (‘matar um leão por dia’), vivemos sob a premissa da escassez (‘não há lugar para todos, ou nós ou eles’), somos pressionamos pela velocidade da mudança (‘não podemos ficar para trás’) e do crescimento contínuo (‘ou você cresce ou desaparece’)”, comenta.

Fornari acompanha o debate sobre como será a vida no trabalho quando o efeito da ‘revolução’ a atingir de fato. Ele acredita que vivemos em uma época de muita ansiedade, esperando por mudanças que nos assombram porque nãosabemos se seremos capazes de lidar com elas. E isso não se refere apenas ao mundo digital. “Não sabemos se continuaremos humanos ou vamos nos robotizar. Se o mercado vai ser dominado por jovens da última geração. Se teremos o que fazer com grande resto de vida que ganhamos. Para qual planeta mudar quando o homem finalmente destruir a Terra?”, provoca. “Vivemos um alarmismo que não serve a ninguém, exceto, talvez, aos que o propagam”, destaca. “A vida social gera a necessidade de tecnologia. A vida organizacional se beneficia. Nós continuamos os mesmos.”

[/vc_column_text][vc_empty_space][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”vc_default”][vc_column css=”.vc_custom_1534806863910{background-color: #f1592f !important;}”][vc_column_text]A competência mais exigida do líder será a de gerir a ambiguidade, desconstruir conceitos[/vc_column_text][vc_empty_space][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]De acordo com Fornari, pessoas interessadas em cultivar a angústia estão criando ameaças abstratas, idealizando um futuro para o qual não estamos preparados. “Cada qual tem sua poção mágica para vender. Somos induzidos a uma frenética expectativa de grandes mudanças. O que pouco se explora é a nossa ainda mente imatura”, diz.

Vivenciamos, continua ele, dois problemas: “de um lado, sabemos pouco como funcionamos. De outro, não temos certeza se o estágio digital ou tecnológico a ser atingido atenderá às reais necessidades da humanidade. Na incerteza, vivemos um mundo de adivinhações”.

Nesse sentido, o RH precisa abrir a mente para considerar as reais necessidades das pessoas e das organizações. “Ele não deve se deter no aprimoramento das nossas capacidades funcionais, contratando, treinando, promovendo, demitindo. Não deve se deixar levar pela angústia do desconhecido. Numa cruzada messiânica, estamos lendo muitos livros, ouvindo muitos gurus e esperando que um deles nos tire essa dor do medo e da incerteza”, diz.

Aos responsáveis por pensar o futuro das suas organizações, ele recomenda treinar sua consciência de modo a aprimorar sua capacidade para julgar objetivamente as ameaças (e não sucumbir a elas) e oportunidades (e não se encantar demasiadamente com elas). “Precisamos dar a oportunidade aos líderes para aumentarem a consciência de si mesmos. Em outras palavras, continuarem a realizar seu potencial positivo para liberarem a criatividade adaptativa às novas demandas funcionais e de negócios, e, paralelamente, aprenderem mais sobre si mesmos, trabalharem mais seu consciente, reverem suas crenças e desejos para reduzir seus comportamentos automáticos indesejados”, conclui Fornari.[/vc_column_text][vc_empty_space][/vc_column][/vc_row]